segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O dia em que fui à Daslu

Ainda bem que apesar da gastrite, o estômago é de avestruz, assim não devolvi para natureza no meio dos perdulários ao lado da favelinha da Vila Olímpia. Me garantiram que não se entra sem carro, fui dar uma de repórter disfarçada. Pedestre entra sim, mas se pergunta se rico tem gosto discutível sempre com aquele chão brilhante a ponto de arder os olhos. E se todo aquele branco nas paredes, no chão é para tentar limpar a consciência deles. Na parte de mochilas tive a cara de pau de parar e perguntar os preços - pq guardei os valores da época em que uma bolsa de lá pagaria um carro e um vestido custaria uma casa, mas havia mochilas modestas a cento e poucos reais. O antro do consumo popularizou? Não, mas pobre eles distinguem a quilômetros de distância ou não incomodam os transeuntes com informações de preço, pagamento, desconto pq ninguém me abordou, ufa! Assim como meu diretor achar que não tem ator ruim, tem ator sem tempo, não tem feio, só tem pobre! Rico é tão bem tratado, sacudido, nutrido, vistoso! Há anos atrás tirei foto da frente quando passei rapidamente, pq era uma graça e continua bonito. Mas não há mais a saudosa livraria. Rico tem menos curiosidade ou falta de grana pra conhecer o que está loooonge? Praça de alimentação, também nem pensar! Um e outro restaurante e confeitaria, espalhados, sem mistura! Foi como quando fui à Loccitane do Higineópolis, para perguntar o preço de um desodarente, quando confessei sem graça ao vendedor:
- Não tem uma mostra grátis para quem está apertado?
Minha mãe só gosta de mim quando por exemplo, saímos juntas e compro vestidos, sapato, tênis, enfim, quando me dou, seja lá o que for. Vai entender! No mercado amoroso e profissional também se usam os amores e profissionais como se fossem tão descartáveis como caneta Bic. Quamdo humanizaremos os relacionamentos? O melhor foi sair sem me sentir menos que a "peruada que circulava lá! Como diz minha prima, devo ser muito autêntica para chegar num lugar em que não conheço, fazer amigos e o que me der na telha - como abrir uma tupperware num centro cultural e devorar o bolo que minha mãe mandou. Eles não olham para o barraco ao lado ao comprar tudo o que não precisam. Que nunca perca a distinção entre o que quero e o que preciso. Amém.

2 comentários:

Grupo Parampará disse...

è isso menina
e viva o tupeware
recomendo vc assistir um filme no google vídeos, aliás, dois: Zeitgeist e Zeitgeist Addendum. Tem algumas informações questionaveis, mas quando ele fala do lance do dinheiro, da economia... putz, me fez refletir sobre muitas coisas.....
Beijocas da Denise

Grupo Parampará disse...

Ola querida!
Prazer imenso em conhecê-la também
Vamos nos falando
Nos conhecendo
Regando e plantando sementes
Bele?
Beijocas da paramparinha Denise